Quando o Zahg Academy me convidou para falar sobre "Revolução da voz", estávamos nos preparando para o lançamento do Zahgcast – podcast oficial da Zahg que traz uma infinidade de conteúdos relacionados ao universo do Marketing Digital e convida várias figuras relevantes do mercado para um bate-papo leve, descontraído e cheio de informação.
Fiquei tão feliz que achei interessante e oportuno, antes mesmo de falar de PODCAST e seus números, falar o quanto o ÁUDIO desempenhou um papel essencial nessa revolução pela qual estamos passando.
Nesse período de pandemia, vivenciamos um ano de 2020 de “Alerta Cultural” onde nos deparamos com eventos interrompidos, cinemas e teatros fechados e aquela insegurança sobre o futuro da arte por um longo período.
Já em 2021, com a aceleração do online e da consciência de que seria possível retomar a vida por uma nova perspectiva digital, o momento foi chamado de “Renascimento Cultural”.
Cada um sentiu a pandemia à sua maneira, e hoje, quando se fala de usar o canal da voz e do som para se expressar: seja ouvindo, comunicando ou interagindo, nota-se que diferentes gerações estão moldando o cenário do ÁUDIO. Tudo isso foi possível pela percepção de que o mesmo se tornou ferramenta aliada ao bem-estar, associada por muitos a saúde mental, equilíbrio e satisfação.
Começamos a nos cansar das más notícias e parando de devorar conteúdos relacionados à pandemia em modo "full time". TV, WhatsApp, alertas de mensagens e vídeos sobre o tema já estavam nos deixando insensíveis. Começamos então a escolher canais mais imersivos, que possibilitam "novas vivências" e novas conexões.
Para embasar essa conversa, um documento muito relevante foi a Pesquisa Culture Next - do Spotify Advertising, que dividiu esse público principalmente em dois grupos: as Gerações Z (16 a 25) e Millennials (26 a 40) para mostrar o desafio em comum de reconstruir a cultura a partir do zero.
De acordo também com o estudo, 97% dos Millenials e 71% da Geração Z usam o áudio para REDUZIR O ESTRESSE.
Ambos criam uma mistura holística de conteúdos para combinar com seu ESTADO DE ESPÍRITO, transitando tranquilamente entre todos os formatos: Podcasts + Meditações + Playlists Musicais.
87% dos Millennials brasileiros veem o áudio como um recurso de SAÚDE MENTAL.
80% da Geração Z se sente mais centrada e mais feliz ao ouvir suas músicas e podcasts preferidos e acreditam que o áudio não é só diversão, é parte do MENU DE BEM ESTAR SOCIAL.
E ambas:
Sintonizam experiências auditivas para se REGULAREM, SE EXPRESSAREM E CURAREM A SI MESMOS.
Buscam hoje podcasts com mais diversidade de conteúdo, trazendo mais experimentação para sua rotina diária.
Estão criando, descobrindo e revisitando conteúdo, construindo comunidades e passando o microfone para vozes que no passado não eram ouvidas.
Podcasts e seus números
Houve um aumento de 78% entre os Millennials e 103% entre a Geração Z no consumo de podcasts na comparação com 2020. As categorias de Podcasts que tiveram aumentos acima da média foram "Saúde Mental", "Espiritualidade", "Auto ajuda" e Saúde - conforme dados primários do Spotify.
2/3 dos millennials e da geração Z no mundo disseram que ouvem podcasts semanalmente.
Podcasters são denominados pelo público como autênticos, acessíveis e confiáveis. Trazem maior proximidade e líderes de quase todas as áreas culturais estão usando esse meio para criar laços mais fortes.
Quais as melhores dicas para o desafio das marcas frente a essa nova manifestação cultural:
- Se tornar parte do cotidiano - incorporando como o público o áudio nas suas rotinas de atração e dando voz a vozes que antes eram sub-representadas.
- Seguir seu ritmo - gerar receptividade fazendo a mensagem corresponder ao estado de espírito do ouvinte.
- Alinhar com o conteúdo que os ouvintes mais gostam - criar a associação positiva com a marca.
- Aprender enquanto se distrai - podcasts são um portal para um novo tipo de escola. Oferecer gatilhos com informações curtas são uma boa estratégia de captação.
- Criar campanhas colaborativas com inclusão dos fãs no processo criativo- com as redes sociais a colaboração entre músicos, podcasters, público e marcas está mudando o som da cultura.
- Usar a tecnologia para entender públicos - a segmentação por afinidade cultural é uma forma de direcionar os usuários com base nas suas interações intencionais com o conteúdo em torno de vários momentos culturais.
Portanto, as gerações hoje têm no áudio um canal de conforto, de equilíbrio, de conexão consigo mesmo e com os outros. Com a pandemia e a aceleração digital, começaram a buscar mais diversidade, dar valor a outras vozes, compartilhar suas opiniões e querer ser ouvido.
Tendo esses fatores como condição, buscam canais que se representem, que entendam seu espírito e tragam aquele acolhimento que tanto desejam agora. Querem conexão com seus apresentadores e quando gostam, querem participar comentando nas redes, fazendo parte da escolha do conteúdo e até mesmo na co-criação produtiva. Então o momento de usar esse canal para falar com o público é extremamente oportuno, tanto na confecção de um podcast quanto na divulgação de marcas que falem a mesma língua desses amantes do áudio.
Gostou da leitura? Comente, compartilhe ou veja outros textos meus por aqui.