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Maternidade e Mercado de trabalho: desafios e benefícios em 2022

Maternidade e Mercado de trabalho: desafios e benefícios em 2022
Nathani Mori
mai. 8 - 6 min de leitura
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Maternidade

Vivemos em uma sociedade onde o conceito de mulher-mãe como ‘padrão de mulher’ ainda é fortemente enraizado, mesmo que o movimento feminista tenha dado iniciativa para que as próprias mulheres questionem o senso comum. 

A idealização de maternidade teve grande influência da medicina e da religião, onde era vinculado à imagem de mãe protetora (Virgem Maria). Assim, criando um estereótipo de maternidade, onde temos que ser dedicadas ao lar, abdicadas e sem falhas.


Mulher-mãe x Carreira


Temos uma luta diária ao ingressar no mercado de trabalho pelo fato de sermos mulheres, não é brincadeira, a participação das mulheres no mercado de trabalho é 20% inferior à dos homens. E nem vamos começar a falar sobre desigualdade salarial!

A chegada da maternidade torna esse número ainda mais assustador, cerca de 28% das novas mães não retornam ao mercado de trabalho. Mas por quê? 
Uma das principais razões é o sentimento de culpa, que é muito presente na maternidade. Em um estudo realizado pelo Mindminers:

 

60% das mulheres pesquisadas dizem sentir culpa por não poder passar tanto tempo com os filhos por conta do trabalho.


Ok, mas não para por aí. Vamos falar um pouco sobre a pressão da sociedade? O conceito de maternidade perante a sociedade está muito ligado a maternidade perfeita, lembra lá de cima sobre Maria? Então. 

 

88% das mulheres concordam que a mulher sofre muita pressão para ser uma mãe presente - apenas 5% discorda disso.


Com a soma da pressão da sociedade e a culpa de não estar perto dos filhos, é mais fácil entender o número de mulheres que não retornam ao trabalho depois de serem mães. 

 

Mas temos outras alternativas atualmente, como o home office. O home office traz muitos benefícios para as mães principalmente nos primeiros meses de vida da criança, pois oferece a oportunidade de ficar próximo ao filho e voltar ao mercado de trabalho.  Na pandemia, além de salvar milhares de empregos, ajudou as mulheres que tiveram que ser responsáveis 100% do tempo por casa, educação dos filhos e o trabalho. 


O home office só oferece benefícios, certo? Errado! Estar em casa para trabalhar nos faz trabalhar mais e em horários mais flexíveis, ou seja, quando poderia estar com seu filho. 

Aos poucos voltamos ao trabalho presencialmente, sair de casa para trabalhar trazendo os fatores citados acima com força total. 


Sabe outra razão para a saída do mercado de trabalho depois da maternidade? A falta de apoio das empresas e o preconceito sobre a capacitação das mulheres depois da maternidade. 


A CEO da plataforma de notícias de tecnologia Pando, Sarah Lacy contrapõe o conceito de que ser mãe te torna menos capaz e diz ao TechCrunch: 

“O que aconteceu quando tive filhos foi que me tornei melhor em tudo. Tornei-me mais ambiciosa, escrevi mais rapidamente, fui muito melhor como empresária. Eu era muito mais produtiva. Você realmente tem essa incrível capacidade de priorizar o que é importante”

Fonte
 

Mulher-mãe

Ser mãe é por muito tempo a parte principal e mais importante da vida de uma mulher, tanto que em muitos momentos é esquecido a mulher por trás da mãe.

 

"...ser mãe é apenas mais uma coisa que você vai ser e não a ÚNICA coisa que você vai ser." 

Fonte

 

É de extrema importância lembrar que somos capazes, que podemos mesmo depois da maternidade conquistar grandes coisas. 


O projeto Mothers of ambition é formado por influenciadoras e executivas de alto nível que estão liderando um novo diálogo positivo sobre o que significa ter uma carreira e ser mãe.


Ter ambição não é motivo de vergonha, o projeto incentiva mães e mulheres em geral a abraçarem a ambição de ser mais do que é imposto pela sociedade, quebrando o estigma de ser uma “mulher ambiciosa” um termo para denegrir as mulheres. 


Assista o vídeo de campanha do projeto: 

 

 

Minha maternidade 


Fui mãe aos 16 anos e se eu pudesse voltar no tempo, seria mãe aos 16 anos novamente pelo simples fato de que a minha filha seria a Roberta. 

Conciliar a criação dela com os estudos, ingressar no mercado de trabalho, a carreira, é em muitos momentos desesperador.  A culpa sempre estará presente, junto ao sentimento de impotência e o de estar fazendo tudo errado. 

Para mim a parte mais gritante entre maternidade e carreira no momento é minha filha entender que estou em casa, mas não estou livre para assistir um filme, brincar de alguma coisa ou ir passear com a cachorra.

Conciliar casa, ser mãe solteira, a carreira, a vida social e a saúde mental é extremamente desafiador, cansativo, enlouquecedor, gratificante e um pouco esperançoso. 

Mas, ao meu ver, tudo que é possível fazer é seguir em frente. É continuar por mim e por ela. 

Como mulher quero construir uma carreira de sucesso, quero fazer e ser muitas coisas ainda. Eu estou tentando abraçar a ambição à minha maneira.

Como filha, mesmo nos momentos que odiava que minha mãe trabalhasse por estar ausente, sabia que ela fazia por mim. Mesmo nesses momentos eu via uma mulher independente, guerreira e me ensinou a ser mais do que qualquer pessoa me limitar a ser. 

Como mãe quero que minha filha possa olhar para a mãe dela e se orgulhar de eu ter ido atrás dos meus objetivos. Quero que minha carreira seja um incentivo para ela buscar ser quem ela quiser ser. 

Espero que tenham gostado desse estudo e quero desejar um feliz dia das mães. 


Mães, abracem sua ambição, seja ela na carreira ou em qualquer setor que desejar. E saiba que você fez e faz o melhor possível sempre.


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