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Carreira, sucesso e mulheres poderosas

Carreira, sucesso e mulheres poderosas
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mar. 8 - 5 min de leitura
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Histórias inspiradoras sempre têm o costume de levantar a moral de quem as lê e criar um sentimento de que é completamente possível alcançar nossos objetivos. Nesse dia internacional das mulheres, entrevistamos nossa gerente de Ativação & Performance, Luana Segatto, para contar um pouco de sua incrível história na área.
 



A ENTREVISTA 

 

Qual a maior diferença que você vê no mercado de trabalho para as mulheres, desde que você começou a trabalhar até o presente momento?

A maior diferença que eu vejo no mercado para as mulheres desde que comecei é o crescimento do volume de mulheres em cargos de liderança. A nossa área de publicidade sempre foi mais aberta, mas ainda assim é um mercado muito machista. Comecei em 2007 com a oportunidade de trabalhar com grandes mulheres, pessoas que me ensinaram muito. Elas tinham cargos altos de liderança, mas acabavam tendo uma expressão menor do que os homens e isso vem mudando bastante, falta bastante, mas vem melhorando.

 

Já se sentiu discriminada no seu meio, por ser mulher?

Com certeza. É um tipo de situação que sempre passamos. Nunca tive nenhuma ação incisiva, mas nos pequenos detalhes é imperceptível. Casos de mansplaining¹, interrupções e outros casos que acontecem mais com mulheres. É muito difícil ver um homem interrompendo outro homem que está em um cargo de liderança, mas em outros casos interrompem uma mulher.

¹Um pausa rápida para o dicionário ZAHG ACADEMY: 

Passei bastante por isso, comecei a trabalhar cedo e alcancei altos cargos cedo também, sou uma pessoa “baixinha”, às vezes isso passa a imagem de “é só uma menina, ela não sabe o que está fazendo”, passando a imagem de que não devem valorizar minha voz. 

Sou mais compreensiva e isso já me botou em patamares de fragilidade, por isso, fui obrigada a tomar uma postura mais ríspida, algo que não sou acostumada a ser, mas foi o que mais passei.

Lembro de um episódio em que trabalhava em uma agência e tínhamos que escrever um case. Tanto a ideia quanto a estrutura foram minhas e não entrei na ficha de inscrição. Era um time de criação masculino, eu nem fazia parte, pois era do time de mídia. Eles se aproximaram, aproveitaram da ideia e, como eram responsáveis pela inscrição, não fui incluída. Isso me marcou muito porque fui discriminada pelo fato de ser mulher.

 

Qual mulher nesta área é sua maior fonte de inspiração?

Tenho muitas mulheres que me inspiram, não somente da área, mas em comunicação como um todo. Uma delas é a Joana Mendes (Presidente do Clube de Criação de São Paulo), que conseguiu aprovar a banca da diversidade e, além de ser preta, ocupa um cargo de liderança e que começou a colocar em pauta um assunto que pode mudar o rumo da publicidade no Brasil.

Tem outras também que não são da área que me inspiro profissionalmente, que são incríveis e abriram caminhos, como a Amyris Fernandez, que já foi da área de comunicação e agora é da área de usabilidade, uma profissional excepcional em UX e que tenho a honra de ser amiga pessoal!
 

Transformação que virou paixão 



Sobre a marcenaria, foi um projeto que começou como transformação de vida, onde eu só vivia de trabalho-casa, casa-trabalho. Não tinha nenhum hobby ou interesse. Só queria dormir, foi um momento difícil.

Então me propus a me redescobrir. A marcenaria sempre me atraiu, sempre fui do “faça você mesmo”. Eu queria um hobby para fazer algo e que não tivesse tanta relação com o digital, testei outras coisas como crochê, curso de mecânica e nada me pegou no coração. Mas quando fui na primeira aula experimental de marcenaria, foi amor à primeira vista.

Ali me encontrei e entendi que era uma das coisas que eu mais amava fazer, fiz curso, juntei ferramentas para fazer coisas em casa e passava o dia todo fazendo aula na marcenaria.

Após algum tempo fazendo algumas coisinhas para a casa, meus amigos que me visitavam viam e achavam bonitinhos, então pediam para que eu fizesse algumas encomendas. Daí, comecei a vender e era uma sensação incrível, pois eu também me desafiava tentando coisas diferentes. Assim, a coisa começou a crescer e eu tive a oportunidade de ganhar um espaço na casa do meu pai. Tendo um espaço para utilizar máquinas, tudo se tornou mais fácil e otimizou de diversas formas meu trabalho. 

Nessa caminhada desde 2017, consegui criar uma marca (Luhazine Handcrafted), além de criar conteúdo sobre o que é ser uma mulher na marcenaria e mostrar meus projetos, que me abrem muitas portas. A marcenaria me resgatou de um lugar difícil no passado e me projeta para um futuro muito legal e interessante, tanto como segunda fonte de renda ou possível trabalho.

Me dá muito esse empoderamento de que eu posso ser quem eu quiser e posso fazer o que quiser, além de não fazer quando eu não quiser. A marcenaria resgata a mulher mais poderosa que existe dentro de mim.


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