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O fim do termo "Black Friday" e o futuro publicidade antirracista

O fim do termo "Black Friday" e o futuro publicidade antirracista
Luana Segatto
nov. 26 - 3 min de leitura
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Há tempos ouvimos histórias diversas sobre a origem do termo Black Friday, e uma das teorias é que o nome do grande evento mundial do varejo tenha surgido em referência às promoções feitas nas vendas de pessoas escravizadas, que acontecia nas sextas-feiras na América escravocrata do século XVIII.  Ainda existem diversas outras teorias relacionadas ao surgimento do termo e nenhuma foi 100% comprovada como a verdadeira história até hoje.

O fato é que este termo pode ter uma associação negativa para grande parte das pessoas pretas e, por isso, algumas marcas do mercado brasileiro estão mudando o nome de seus eventos como uma forma de agir contra ações e afirmações racistas. A Natura, por exemplo, é uma das marcas que adotou o termo Natura Friday para marcar a data de descontos. O Boticário também fez uma mudança na data, que passa a ser intitulada Beauty Week

Estas ações, apesar de parecerem simples mudanças de nomes, são de extrema importância para incentivar que o mercado como um todo passe a se preocupar com a questão de combate ao preconceito racial em seus posicionamentos, produtos e pautas do desenvolvimento de negócios. Estamos numa fase em que essa discussão se faz extremamente necessária em todas as empresas e marcas. Esses pequenos passos representam um grande avanço. Inclusive, discutimos sobre isso no episódio do ZahgCast que será lançado 02/12 e aproveito para te convidar a ouvir essa conversa tão rica. 

 

                         


Assim como esta mudança de nomenclatura, outras ações no dia a dia do profissional de publicidade, marketing e comunicação também têm acontecido. Na minha área, por exemplo, que é a de mídia digital, houve uma recente substituição de termos nas estratégias de compra programática. As whitelists e blacklists, estratégias de compra programática em URLs e sites específicos ou o bloqueio deles, passaram a ser chamadas de Allowlist e Blocklist, o que faz até mais sentido semanticamente e não gera a conotação de negatividade associada ao termo black (list)

É muito importante que nós estejamos a cada dia mais atentos a estes detalhes no nosso cotidiano e possamos seguir exemplos das grandes marcas para que essa discussão - e mais do que somente ela - a ação, possa acontecer cada vez mais e com maior naturalidade entre marcas de todos os portes. No dia em que todos conseguirem naturalmente se policiar para não utilizarem referências racistas na comunicação, estaremos caminhando para uma publicidade realmente antirracista.

Me conta aqui, o que você tem feito para uma comunicação cada vez mais antirracista na sua empresa?

 

 


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